Esse período também foi importante na Literatura: enquanto a poesia dominou o romantismo e o romance ganhou destaque.
Os romances vitorianos geralmente oferecem retratos idealizados de vidas dificíes, nas quais o trabalho duro, a perseverança, o amor e a sorte vencem no final.
Existem também grandes contrastes: o país passava por uma euforia de novas tecnologias.
A sociedade sofria com o medo da modernização, da alta tecnologia e as mudanças radicais que ela acarretava. Portanto, pode-se dizer que foi uma época de transição: o novo abrindo espaço e enfrentando a resistência de uma sociedade tradicional.
Em grande parte dos romances, encontramos um arco de crescimento das personagens – elas evoluem, melhoram e geralmente há uma lição de moral durante a narrativa. Apesar de essa fórmula ter sido usada muitas vezes, principalmente nos primeiros livros deste período, conforme o século progredia, surgiram algumas transformações no estilo dos escritores.
Charles Dickens (1812-1870) dominou a primeira metade do reino de Vitória: o seu primeiro romance, As Aventuras do Sr. Pickwick, foi publicado em 1836 e o seu último, Our Mutual Friend, entre 1864 e 1865.
O romance Feira das Vaidades, de William Thackeray (1811-1863) também foi um marco na Era Vitoriana, assim como as famosas obras das Irmãs Brontë : Charlotte (1816-55), Emily (1818-48) e Anne (1820-49).
Muitos autores se destacaram nessa época:
Thomas Love Peacock, sir Arthur Conan Doyle ( autor e criador de Sherlock Holmes), Wilkie Collins, Walter Scott, Lewis Carroll e Robert Louis Stevenson.
Mais tarde, em 1872, surgiu o romance Middlemarch de George Eliot (1819-80) e o maior romancista dos últimos anos do reinado de Vitória foi Thomas Hardy (1840-1928) que publicou o seu primeiro romance, Under the Greenwood Tree, em 1872 e o seu último, Jude the Obscure, em 1895.
Outras peças e autores da época incluem adaptações para os palcos do Frankenstein de Mary Shelley e do novo gênero de romances sobre vampiros. E claro que Drácula, de Bram Stoker, também surgiu nessa época (1897).
Mais um autor notável foi Oscar Wilde, que além de peças de teatro, escreveu o memorável Retrato de Dorian Gray.
LIVROS DA ERA VITORIANA
1. Drácula – Bram Stoker
Não tem como falar de literatura gótica ou Era Vitoriana sem lembrar do clássico Drácula. Aposto que pelo menos alguma adaptação dessa obra você já viu! E claro que o livro é ótimo – apesar de alguns momentos cansativos.
2. O Morro dos Ventos Uivantes – Emily Brontë
Muita gente gosta desse livro, muitos odeiam. Eu sou apaixonada e desde que li pela primeira vez, entrou na minha lista dos favoritos da vida. Esse livro teve um boom há alguns anos por causa da saga Crepúsculo, e pode ter desapontado quem procurava alguma coisa mais ‘fofa’. O Morro é uma história triste, tensa, melancólica e que faz um retrato da época de forma bem pessimista. Claro que sem deixar de lado todo o fator do ‘amor impossível’.
3. Jane Eyre – Charlotte Brontë
Outro livro das irmãs Brontë, que foi um dos grandes marcos da literatura vitoriana. Jane é sofrida, mas uma mulher guerreira, que faz de tudo para conseguir se tornar uma pessoa melhor e vencer os contratempos de uma educação rígida.
4. O Médico e o Monstro – Robert Louis Stevenson
Dr. Jekyll e Mr. Hyde também já foi adaptado milhares de vezes, o que torna a obra de Stevenson um grande marco na literatura. Apesar de ser um livro bem pequeno, também traz questões pertinentes relacionadas ao período histórico, principalmente o medo da tecnologia e o avanço rápido da medicina.
5. Longe Deste Insensato Mundo – Thomas Hardy
Thomas Hardy tem poucas obras traduzidas no Brasil, mesmo sendo um autor renomado e de grande importância para a literatura inglesa. Recentemente, foi lançada uma adaptação de Longe Deste Insensato Mundo no cinema, com a ótima Carey Mulligan no papel principal. Um bom livro que também faz jus à sua fama!
6. Grandes Esperanças – Charles Dickens
Dickens é um dos maiores escritores de todos os tempos e foi durante a Era Vitoriana que se consagrou. Ele foi um dos poucos autores a ser reconhecido em vida e ganhou bastante prestígio na sociedade. Suas obras são retratos de uma Inglaterra que vivia grandes desigualdades – a pobreza e a ascensão social marcam várias obras do autor. Grandes Esperanças é uma ótima opção para quem deseja começar no universo de Dickens.
7. O Signo dos Quatro – Sir Arthur Conan Doyle
São inúmeras as obras com o detetive Sherlock Holmes, mas O Signo dos Quatro é uma das mais famosas. Para entrar no universo de Sherlock e Watson, vale a pena. Os livros de Conan Doyle são muito tranquilos de ler e trazem uma empolgação sem fim!
Nenhum comentário:
Postar um comentário